Ghost in the Shell

Num futuro não muito distante a tecnologia chegou ao seu auge, de maneira que pessoas podem ter partes de si substituídas por partes mecânicas, prolongando a vida, dando mais utilidade aos seus órgãos e se tornando ainda mais forte. No meio disto tudo você conhecerá Major Motoko, uma agente cibernética que teve quase todo seu corpo substituído por partes robóticas, sendo que talvez, somente sua alma ainda exista dentro da máquina que ela se tornou. Prepare-se para conhecer um pouco sobre este mundo...

07/09/2017 Última edição em 07/09/2017 às 18:31:08

Ghost in the Shell está disponível no Netflix, então novamente vou dizer: NÃO TEM DESCULPA PARA NÃO ASSISTIR.

Dá um tempo nestes animes de "mimimi" e vai lá assistir uma excelente produção dos estúdios Production I.G, de 1995. Sim, é antigo. Não faça esta cara. É obvio que a qualidade não será incrível, mas os detalhes, os traços e a qualidade sinceramente valem a pena.

Vamos ao resumo?

Primeiramente dizer que Ghost in the Shell não é um filme para crianças, é um anime/filme para adultos, crianças não entenderiam a complexidade das cenas e das falas, não seriam capazes de entender o quanto é difícil ser um ser humano e ser capaz de se diferenciar da massa. Uma criança não sabe entender o que é sua alma/essência e o que é apenas um instinto primitivo. Por isso, se você ainda é muito novo, pode ser que não compreenda toda a essência do anime/filme.

No futuro de 2029 o ciberespaço expandiu sem controle, ao ponto das barreiras entre o natural e o artificial serem absurdamente tênues, sendo que muitas pessoas possuem partes suas robotizadas, ou como a protagonista o corpo todo, chegando a ser uma dúvida se ela é ou não um humano. Mas é fato que é possível encontrar a alma humana em determinados momentos da trama e isso faz com que você duvide se existe ou não um robo ou um humano no corpo artificial de Major.

Neste mundo que parece inalcançável nos dias de hoje, um hackear de computadores surge para criar caos e devastação, procurando geral um colapso no sistema mundial, é neste momento que a Seção 9 entra em cena, pois uma de suas principais preocupações é garantir que pessoas com implantes neurais não sejam literalmente invadidas por criminosos, corporações e governos com interesses escusos. Apesar das Inteligências Artificiais ainda serem limitadas e até fáceis de serem discernidas do mundo humano, nada assegura o sequestro das pessoas e o pior, o roubo de seus pensamentos e memórias. Aliás, em um dado momento do anime/filme percebemos que memórias podem ser tiradas ou implantadas em pessoas e as consequências muitas vezes são irreversíveis.

Depois de encontrar várias pistas, a Seção 9 corre às pressas para prender o “Mestre dos Fantoches”, vilão aparentemente invisível que está hackeando os cérebros cibernéticos de pessoas comuns e inteligências artificiais menores e implantando memórias falsas, induzindo-as a fazerem atos ilegais.

A Seção 9 tem como líder de campo a Major Kusanagi, cujo corpo inteiramente artificial protege o seu cérebro orgânico. O seu corpo, assim como boa parte dos seus companheiros que possuem implantes mecânicos, foi construído pela empresa Megatech.

Com seu corpo totalmente cibernético Kusanagi transcende a ideia de Humano e sexualidade.

É através de Major que o espectador é metralhado pela percepção de que aquele corpo, por mais lindo que seja, não passa de uma casca mecânica que sustenta o cérebro e o “fantasma” ou alma da Major, ou alguém que ela foi ou teria sido antes de ser posta dentro de um corpo mecânico. Assim, fica a pergunta: o que é de fato a Major Kusanagi ou quem ela era ou quem seria?

Como outro agente de corpo biônico, temos o ranger Batou, um braço direito de Major e que não a abandona em omento alguém, sendo surpreendente sua relação e sua atração (não exatamente física) pela líder da Seção 9. Com olhos artificiais e sem pupilas, Batou chega a nos irritar com aquele olhar penetrante, mas por incrível que pareça, Batou é um personagem mais complexo que a Major!

Introspectivo e nem sempre falando sobre as suas percepções da vida, Batou demonstra em suas ações e em seu relacionamento platônico com a Major como é mais humano do que demonstra. 

Assim, em busca de um vilão que está nas redes, procurando localizar sua verdadeira essência e tendo o apoio de um homem que não pode ser avaliado somente pelos olhos "frios", temos uma excelente mistura e a ação recorrente e a música cyberpunk instiga o telespectador, sendo que vale muito a pena ver e rever.

Está disponível no NETFLIX o filme de 1995, se tiver um tempo, neste feriado prolongado se dê ao trabalho de ver esta obra de arte que se desenrola com questões muito maiores que a mera busca por um vilão, que faz com que questionemos nossa própria existência e até que ponto somos verdadeiros ou mesmo somos pessoas com almas.

 Só mais um detalhe, se você assistiu o filme estrelado por ninguém menos que  Scarlett Johansson, que foi traduzido no Brasil como "Vigilantes do Amanhã", eu peço que você esqueça tudo o que viu no filme e veja o de 1995, pois ele sim trás aprodundamento de personagens e interesse aos que assistem. Pois embora o filme de 2017 tenha sido de uma "plástica" maravilhosa, o conteúdo deixou muito a desejar, principalmente pelo vilão!




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