Você gosta de ser infeliz, aceite a verdade!

Bem vindo a realidade e a realidade é que você não gosta de personagens felizes, você não gosta de ser feliz, você está cansado da felicidade alheia. Eu sei, eu entendo. Por isso, aconchegue-se aqui e venha saber mais sobre a sua TRISTE realidade!

12/08/2020 Última edição em 13/08/2020 às 09:23:18

Você não gosta de finais felizes

É isso mesmo que você ouviu, você não gosta de finais felizes, se gostasse se contentaria com histórias simples, pois a felicidade é um caminho muito simplório. No entanto, a infelicidade, a tristeza, a dor e a mágoa são caminhos muito mais difíceis e tortuosos, talvez muito mais interessantes do que a felicidade.

Você se pegará vendo um anime ou um dorama ou um filme e, surpreendentemente, irá gostar de um antagonista, ou de um vilão, deixando o “herói” de lado, ainda que por alguns instantes. Não é porque você é uma pessoa má, mas porque é da sua natureza gostar daquilo que você realmente é.

Ou então, você acaba incentivando um “herói” a ter uma atitude egoísta, porque sabe que ninguém é perfeito e é muito mais cômodo gostar de alguém que tem traços de maldade, assim como você.

Um bom exemplo disso é o que aconteceu em Fullmetal Alchemist, quando Roy Mustang descobre quem realmente matou Maes Hughes. Quando ele descobre que foi a Inveja e resolve iniciar uma caçada desesperada, monstruosa e totalmente explosiva contra o vilão, você torce para ver ele torturar lentamente o adversário, torce para que ele mostre toda a sua ira, torce para que no final ele mate a Inveja. Mas oras, todos estes sentimentos, além de cruéis e humanos, são traços de que você nasceu para a infelicidade.

Uma pessoa jamais conseguirá escapar desta situação e esta situação a levará a sofrer o quanto for necessário para que ela se sinta miserável.

Vai dizer que você nunca torceu para o Vegeta, mesmo quando ele estava lutando contra o Goku ou mesmo contra qualquer personagem que você admirava. O motivo é porque Vegeta apesar de ser um vilão e abraçar sem medo a maldade, é tudo aquilo que pensamos em ser: uma pessoa com uma autoestima elevada, um senso de superioridade exagerada e um pouco (ou muito) de egoísmo. Claro, numa sociedade como a nossa estas faces não são aceitas, então, projetamos em um personagem aquilo que realmente queremos ser.

Não é preciso ir longe para entender que apesar de sabermos que é importante ser bom, honesto, humilde e valoroso, não quer dizer que queremos ser tudo isso, pelo contrário, os piores sentimentos são aqueles que nos protegem de todo o resto, de toda a sociedade, e é confortável se proteger de qualquer sentimento.

Talvez seu modelo preferido seja como Aizen, de Bleach. O cara duas ou três, talvez quatro caras, que sabia manipular pessoas, fazer cara de amigo e apunhalar pelas costas se fosse necessário. Um cara frio o bastante para saber onde quer chegar e trabalhar duro até estar lá. É certo dizer que em algum momento você se simpatizou com Aizen e em algum momento torceu para ver até onde ele seria capaz de chegar. No entanto, é preciso cair a ficha, se desejamos ser como ele, provavelmente temos um pouco de psicopatia dentro de nós.

Você não quer ser feliz, você quer apenas se proteger do externo, quer que a sociedade o reconheça sem dar um passo para fora da sua ostra, quer ser invejado, quer ser bem-sucedido e quer tudo isso independente dos outros.

Você é como o Naraku de Inuyasha, que quer tirar seu coração do peito para não ter mais um ponto fraco, quer juntar os fragmentos da joia de quatro almas para desejar a imortalidade.

Assim, continue infeliz, continue sendo medroso e continue torcendo para que ninguém no mundo torne você uma pessoa feliz, mais atenta, mais iluminada, porque quando esta pessoa surge na vida de qualquer “infeliz”, é inevitável um sorriso surgir e as cores tomarem conta do seu dia a dia.




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