Primeiro mangá lançado na história do Brasil
Confere aí!
O primeiro mangá lançado no Brasil foi a saga do Lobo Solitário, que começou a ser publicada em 1988, um ano depois do lançamento nos Estados Unidos, trazida pela editora Cedibra (em nove edições, todas em formato americano). Em 1990, a editora Sampa começou a publicar o título. Porém, em 1993, a publicação foi interrompida. No ano de 2005, a publicação foi retomada, desta vez pela Editora Panini, após um longo processo de aprovação.
A versão original começou a ser publicada no ano de 1970 no Japão, com criação e roteiro de Kazuo Koike e arte de Goseki Kojima.
Ainda hoje, é considerada uma das obras-primas do mangá pelo excelente argumento e pelos belíssimos desenhos de Goseki Kojima. Inspirou várias adaptações para cinema nos anos 80. Os filmes baseados em Lobo Solitário são conhecidos por sua fidelidade à história do mangá.
História:
Se passa no Período Edo da história do Japão. Os personagens principais são Itto Ogami e seu filho Daigoro Ogami.
Os membros do clã Ogami eram destinados a se tornar os executores (kaishakunin), a única autoridade com permissão para matar um daimyo (senhor Feudal). Mas a família Yagyu arquitetou uma farsa para que Itto fosse acusado de traição e condenado ao seppuku. Yagyu então executou todo o clã Ogami, exceto Itto e seu filho Daigoro, então recém-nascido, e escondeu em seu templo pessoal uma tábua funerária com o símbolo do shogunato; preparou uma falsa confissão zankanjo dizendo onde o objeto estaria escondido. Uma confissão zankanjo era uma declaração de culpa assinada com o sangue de um samurai que se matava em seguida. Se o plano tivesse funcionado, o executor seria condenado, cometeria suicídio e deixaria seu posto vago. O clã Yagyu (que já tinha a função de assassinos secretos do shogun) passaria a ser também os kaishakunin. Eles já controlavam os shinobi Kurokuwa, a terceira polícia política do shogun.
Itto não se matou e escolheu trilhar a estrada do assassino. Na tentativa de impedir que Itto escapasse à sentença, o líder dos Yagyu propôs-lhe um duelo. (O simples assassinato do Ogami consistiria de um crime, porque ele ainda carregava a Rosa-malva, um emblema oficial do shogunato). Num duelo de apenas um golpe, Itto matou seu oponente, demonstrando sua excepcional habilidade, mesmo em situações desvantajosas (Itto lutou carregando o filho nas costas e com a luz do sol incidindo em seu rosto). Esta frase de um dos Yagyu descreve bem a dificuldade que Itto enfrentou no duelo:
Kurato luta com o sol poente nas costas… e Ogami está com o filho nas dele […] Nenhum dos dois luta sozinho, mas o desfecho está claro!
Após a recusa ao suicídio, Itto Ogami passa a andar pelo Japão como um assassino de aluguel, sendo contratado geralmente para matar alvos difíceis e pessoas influentes.
Personagens:
Itto Ogami
É o protagonista da série. Provavelmente o maior espadachim do Japão, ele conhece uma enorme gama de estilos, inclusive o estilo Suio Ryu, próprio dos executores.
As habilidades do Lobo Solitário não se resumem ao manejo da espada. Ele é um grande conhecedor de estratégia militar, do cenário político do Japão e do modo de pensar de seus conterrâneos. Nada o surpreende, ele parece conhecer plenamente os planos de seus inimigos antes que se concretizem.
Daigoro Ogami
O filho de Itto é uma criança prodígio. Aparenta não ter mais de quatro anos, mas foi educado na ética inflexível do pai. Quando Itto decidiu tornar-se um assassino, ele era apenas um bebê.
Um pai conhece o coração do filho, como só o filho conhece o do pai. Um estranho não entenderia.
Por outro lado, Daigoro está longe de ser indefeso. Ele já chegou a ferir adultos, embora derrotado em seguida, e até mesmo a matar. Além disso, ele segue os preceitos do bushido da mesma forma que o pai, como não demonstrar medo, por exemplo. Mesmo nessa batalha em que foi derrotado por um adulto, seu adversário se espantou com a postura tão madura que o menino tomou com a espada. Em outra oportunidade, para enfrentar garotos que o haviam espancado enquanto Itto se encontrava com tétano, Daigoro não hesitou e sacou a Dotanuki de seu pai, para reparar a ofensa, sendo parado por um samurai.

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