Shin Megami Tensei IV: Apocalypse - Review

Shin Megami Tensei IV: Apocalypse - Review

Em um mundo assolado pela guerra entre anjos e demônios, a humanidade enfrenta o desespero na busca pela sobrevivência.

A premissa de Shin Megami Tensei IV: Apocalypse é bem direta e simples, muito embora a história seja mais complexa. O cenário pós-apocalíptico criado pela disputa entre Lucifer e Merkabah fez com que os humanos fossem morar nos subterrâneos. Os demônios estão sempre espreitando e os recursos são escassos. Tempos muito difíceis para a raça humana.

Nanashi e Asahi são cadetes, aprendizes de caçadores, proibidos de lutar. Sua missão é recuperar qualquer coisa que possa ser útil no meio dos escombros de Tokyo. E logo de início o jogo deixa claro que é importante encontrar armas para se defender contra os inimigos ocultos.

Os pontos centrais do jogo giram em torno de smartfones e da capacidade de invocar demônios. Os smartfones possuem aplicativos com a capacidade de armazenar e invocar essas criaturas para auxiliar nos combates. Eles também servem como um centro de comando, onde é possível ver habilidades, monstros, status, itens, entre outras funções.

Já os demônios são a parte principal da jogabilidade. Os jogadores podem recrutar, criar vínculos, fortalecer e combinar os demônios. A parte da fusão é importante, pois isso dá muitas vantagens e poderes diferentes através das combinações. Os resultados das uniões herdam certas habilidades, podendo combar e criar demônios muito poderosos.

Apesar do cenário pós-apocalíptico, o jogo tem um clima bem mais jovem do que seu antecessor. Contudo, o protagonista se afasta um pouco do estereótipo shonen cheio dos poderes, que resolve tudo na base da força. Como tradição nos jogos da série, o jogo traz mais questões morais do que pancadaria pura e simples. Todavia, toda a história é mais puxada para a neutralidade do que bem e mal — e essa neutralidade é o ponto chave, em maior ou menor grau.

Apesar do jogo dar continuidade ao caminho neutro de Shin Megami Tensei IV, a história é completamente nova e independente. É interessante ver alguns personagens do jogo anterior participando dessa nova jornada, mas eles não são tão impactantes. Também é vantajoso se o jogador tiver um save do jogo anterior em seu 3DS, pois será recompensado com itens extras no início da aventura.

E claro, sendo exclusivo de 3DS, é importante ressaltar que os gráficos do jogo são muito bons. Infelizmente, os cenários são extremamente repetitivos e confusos. Talvez pelo fato do portátil não ser tão potente, ou de precisarem economizar espaço no cartucho. E como se não bastasse, o mini mapa na tela inferior é ainda mais confuso, não ajudando em nada na locomoção. A economia de espaço não faz sentido, já que há várias salas inúteis, com personagens descartáveis e diálogos pouco interessantes — se não totalmente desnecessários.

A trilha sonora é maravilhosa e dá um ótimo clima para a história. E embora a localização do jogo para o inglês esteja muito bem feita, a dublagem não vinga. Passa pouca emoção, com um diálogo forçado e interminável. E a pior parte? Não é possível trocar para o áudio original.

Nota: 7,5.

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