Review - Shiren the Wanderer

Confere aí!

02/08/2016 Última edição em 02/08/2016 às 00:00:00

Shiren the Wanderer é uma série criada pela Chunsoft, parte de uma série maior conhecida como Mystery Dungeon. O Mystery Dungeon 1 começou como um spin-off da série Dragon Quest, porém o segundo jogo da série fugiu da inspiração de Dragon Quest, deixando de usar os personagens da série e criando um universo e personagem originais. Mystery Dungeon 2: Shiren the Wanderer saiu para Super Nintendo em 1996, iniciando de fato a série Shiren the Wanderer.

No total, a série tem seis títulos, sendo que apenas três foram trazidos ao ocidente. Mystery Dungeon 2 recebeu uma versão ocidental em 2006 para Nintendo DS; Shiren the Wanderer 3 foi lançado em inglês para o Nintendo Wii (2008) e o PSP (2010) e, por fim, o mais recente título da série a ser trazido para o ocidente: The Tower of Fortune and the Dice of Fate, lançado em 2016 para o PS Vita.

Inicialmente, o jogo foi lançado apenas no Japão para o Nintendo DS, em 2010, com o nome Shiren the Wanderer 5. A versão lançada para o PS Vita é um port melhorado da versão de Nintendo DS, conhecido como Shiren the Wanderer 5 Plus no Japão. Apesar de ser o mais recente jogo da série, Shiren the Wanderer não tem muito foco na história e pode ser jogado sem se preocupar com os demais títulos.

A história é simples: Shiren (o nome pode ser mudado pelo jogador) viaja até a vila Inori e encontra uma garota chamada Oyu que está gravemente doente. Em alguns dias, ela morrerá. Mas seu namorado, Jirokichi, decide procurar a Torre da Fortuna e encontrar Reeva, a deusa do destino. Rezam as lendas locais que quem falar com a deusa pode alterar o destino de qualquer pessoa. Shiren decide ajudar a salvar a vida de Oyu e também inicia sua aventura em busca da torre.

O jogo foi feito em Pixel Art e lembra os grandes clássicos do Super Nintendo ou Mega Drive. As caixas de texto e a trilha sonora são dignas dos RPGs antigos, trazendo certa nostalgia aos jogadores mais velhos.

Shiren the Wanderer é um Dungeon Crawler/Roguelike. Quem já tem experiência com jogos como Pokémon Mystery Dungeon perceberá as semelhanças com Shiren the Wanderer: o mapa é em grid e cada ação que o jogador realizar, como andar, atacar ou usar itens, é contado como um turno. Assim que você realiza uma ação, os inimigos no mapa também agem em resposta ao jogador. É possível também chamar NPCs aliados que ajudam a enfrentar os inimigos.

O jogador pode equipar espadas e escudos para enfrentar os inimigos. Os equipamentos podem ser melhorados e também podem vir com habilidades especiais que precisam ser identificadas com um pergaminho especial. Uma das habilidades especiais é permitir o uso de dois braceletes se o jogador usar uma espada e escudo do mesmo tipo. As masmorras também podem trazer efeitos negativos aos equipamentos e ao jogador com armadilhas. Existem armadilhas que, por exemplo, diminuem a qualidade das armas.

Parte do foco do gameplay está em sobreviver à aventura. Shiren tem um medidor de fome que diminui conforme ele se aventura dentro de uma masmorra. Se ele sentir muita fome, pode receber punições, como perder HP ou ficar tonto. Claro, é possível encontrar itens que recuperam o medidor. O combate também pode se tornar desafiante conforme se alcança novos andares, obrigando o jogador a considerar bem quais itens deve levar e quando é o melhor momento para lutar. Caso o jogador seja derrotado, ele perderá tudo (inclusive seus níveis!) e voltará ao começo da masmorra.

Shiren pode carregar uma quantidade limitada de itens, mas o jogo oferece diversas possibilidades de como lidar com eles. É possível atirá-los contra inimigos, derrubá-los no chão, equipá-los ou usar seus efeitos para melhorar armas. Um item com funcionalidade curiosa é o jarro: normalmente eles servem para armazenar itens, liberando espaço na bolsa de Shiren. Porém, existem jarros com efeitos especiais, como mudar aleatoriamente o que está sendo armazenado dentro dele ou fundir seus itens em um só.

As masmorras têm diversos eventos aleatórios, evitando que fiquem repetitivas. Além dos inimigos, também é possível encontrar lojas, itens pelo chão e NPCs. Também há o sistema de dia e noite. Durante a noite, alguns itens não podem ser utilizados – por exemplo, os pergaminhos não podem ser lidos porque está escuro demais. A visibilidade geral do mapa também é reduzida e os monstros se tornam mais fortes, obrigando Shiren a usar habilidades especiais para derrotá-los. Essas habilidades podem ser aprendidas com mestres andarilhos, espalhados pelas masmorras.

O jogo conta com um sistema multiplayer. Jogadores podem se desafiar ou entrar em partidas cooperativas através da conexão Ad-hoc. Também é possível enviar ou pedir ajuda através da internet para outros jogadores: se você for derrotado em uma masmorra, outro jogador pode te ressuscitar ou salvar.

Shiren the Wanderer: The Tower of Fortune and the Dice of Fate é um bom Dungeon Crawler e garante horas de diversão. Além da história principal, o jogo tem masmorras extras e desafios, como preencher uma lista de itens. Apenas um aviso para novos jogadores: se for sair do jogo, não se esqueça de acessar o menu e selecionar a opção “Abort”. O jogo irá te punir por sair sem salvar.

Pontos positivos:
+ Há bastante conteúdo disponível, como masmorras ou minigames dentro da cidade
+ Por causa da quantidade de itens e situações, as aventuras não tendem a ficar repetitivas
+ Os gráficos e a trilha sonora lembram os jogos dos anos 90

Pontos negativos:
- Morrer e perder todos os seus equipamentos e nível pode tornar o jogo insuportável
- A dificuldade costuma oscilar bastante entre os andares das masmorras
- O sistema online não costuma ter muito movimento
 

Nota Final: 8/10

Para mais reviews, curta Akiba'Spot.

Shiren the Wanderer 5 Plus




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