O que fazer no Halloween? Jogar!

Confere aí!

30/10/2016 Última edição em 30/10/2016 às 00:00:00

Halloween é uma época muito aguardada por muitos que desejam sair fantasiados pelas ruas, batendo na porta das casas dos outros em busca de doces ou travessuras. Infelizmente, não temos esse hábito aqui no Brasil (a não ser no Dia de Cosme e Damião), mas a galera até que tem se esforçado um bocado para não deixar o Dia das Bruxas passar em branco por estas bandas. E aqui no Press Start não poderia ser diferente, mas ao invés de doces, vamos te sugerir algo ainda melhor: games.
 

Resident Evil 2

Plataforma: PlayStation, Nintendo 64, Nintendo Gamecube, Dreamcast, PC| Estúdio: Capcom | Lançamento: 1998

Relembrando os antigos dias de glória, em que os zumbis ofereciam alguma ameaça, isto é, colocavam medo em crianças, adolescentes e marmanjos, vamos abrir o caminho para o dia das Bruxas (mesmo que não haja bruxas) com uma boa dose de exploração e horror, aliadas à resolução de quebra-cabeças e bastante atenção aos detalhes para encontrar pistas e informações que serão cruciais para progredir no jogo. É esse tipo de coisa que Resident Evil 2 oferece, fazendo o jogador assumir o papel de Leon S. Kennedy e Claire Redfield, que precisam sobreviver mediante aos perigos que surgem e desvendar mistérios na cidade de Raccoon City, onde as pessoas foram infectadas pelo T-virus, cortesia da Umbrella Corporation.

O clima de suspense é acentuado pelo fundo musical instrumental e por portas que se abrem bem devagar, sem sabermos exatamente o que nos espera do outro lado (até parece!). Com um arsenal modesto de armas, itens para recuperar o life, sistema moderno de save, cachorros zumbis e cenários com gráficos bem realistas para época, Resident Evil 2 foi um sucesso de vendas e é sempre lembrado de forma nostálgica pelos jogadores que acompanham desde o primeiro game da franquia Resident Evil.
 

Silent Hill 4: The Room

Plataforma: PlayStation 2 | Estúdio: Team Silent (Konami) | Lançamento: 2004

Quando apenas sobreviver não é suficiente, o bizarro surge e cai como uma luva em um terror psicológico, como é o caso de Silent Hill 4: The Room, que leva você a um tipo de realidade muito esquisita em que o mundo dos sonhos se mistura com o mundo real. Focado na jogabilidade em terceira pessoa, The Room apresenta uma história difícil de entender, o que em parte confunde o jogador, mas também é o que o faz querer continuar seguindo em frente em busca de respostas. A trama gira em torno de assassinatos em série cometidos por um sujeito chamado Walter Sullivan, e o mais misterioso é que até então acreditava-se que este homem estava morto.

O jogo mantém a essência desde o primeiro título da série, inclusive com aqueles efeitos de névoa e o mesmo estilo de movimentação de câmera, que até hoje só consegui encontrar no Silent Hill. Cenários obscuros, sujos e confusos aguardam aqueles que se aventurarem neste jogo, que oferece cinemáticas muito bem construídas, com um fundo musical emocionante (composto por Mary Elizabeth McGlynn e Akira Yamaoka), adversários que são de causar arrepios e gráficos ricos em cada detalhe o quanto é possível, desde uma mancha de sangue sobre o chão até a iluminação artificial e os traços característicos de cada personagem.
 

Inside

Plataforma: Xbox One, PlayStation 4, PC  | Estúdio: Playdead | Lançamento: 2016

Após seis anos desde o lançamento de seu último game, a Playdead surge com uma obra nova, revigorada e, há quem diga, mais sombria, porém com os gráficos, mecânicas e ambientação bem parecidos com os de Limbo. Pelo que parece, um menino conseguiu escapar de um lugar onde era feito prisioneiro e agora está sendo perseguido por forças que querem dominar o mundo, através de experimentos feitos com corpos de seres humanos. Mantendo o estilo plataforma com deslocamento lateral, visto em Limbo, e colocando o 3D em maior evidência desta vez, Inside aposta na furtividade e também na resolução de quebra-cabeças, que se não forem solucionados podem levar o jogador à uma morte cruel. A sensação de solidão também foi colocada em destaque, contribuindo para isso a ausência quase total de trilha sonora em boa parte do jogo, salvo os sons produzidos por personagens e objetos da fase.
 

Fatal Frame 3: The Tormented

Plataforma: PlayStation 2 | Estúdio: Tecmo | Lançamento: 2005

Não quero parecer repetitivo, mas como deixar de fora um jogo que, ao pé da letra, consegue te causar arrepios? A Tecmo não brinca em serviço, e quando o assunto tem a ver com fantasmas, essa galera entende bem do ofício. Em Fatal Frame 3, o jogador assume o controle de Rei Kurosawa, uma fotógrafa que enfrenta as dores causadas pela morte de seu noivo, Yuu, durante um acidente de carro no qual ela estava dirigindo. Ao encontrar uma mansão (mal assombrada, é claro) e se deparar com o fantasma dele, Rei começa a explorar o local, onde descobre que há mais coisas sobrenaturais naquele lugar do que parece. A verdade é que boa parte dos eventos do jogo se passam na mente da personagem principal, enquanto ela está sonhando e passando por situações muito perturbadoras, resultado de uma maldição lançada por uma antiga sacerdotiza.

Prepare-se para enfrentar diversos fantasmas usando uma câmera fotográfica que contém um poder muito especial, capaz de enfraquecê-los. Você terá que explorar lugares, coletar memorandos, tirar fotos e economizar filmes, uma vez que estes são escassos, assim como em um terror de sobreviência (mas só que com armas e munições). Também é possível alternar entre a perspectiva de primeira e terceira pessoa e contar com o uso de uma lanterna para lidar com a escuridão da mansão, que tem corredores estreitos capazes de causar (ou apenas nos sugerir) uma espécie de sensação claustrofóbica. Medo, incerteza e curiosidade são alguns dos sentimentos comuns que experimentamos ao jogar Fatal Frame 3: The Tormented, aliados, é claro, a uma boa diversão.
 

Castlevania: Lament of Innocence

Plataforma: PlayStation 2 | Estúdio: Konami | Lançamento: 2003

 

Em Lament of Innocence, jogamos com Leon Belmont, um cavaleiro dos tempos medievais que precisa resgatar a mulher amada das garras de um vampiro que a raptou. Para chegar até ele, existem vários obstáculos e uma variedade bem grande de inimigos criados sob uma inteligência artificial muito bem construída e que pode nos fazer suar um bocado até derrotarmos todos eles. Uma característica que sempre chamou atenção em Castlevania são os cenários belos e bem texturizados, assim como sua magnífica trilha sonora, desta vez composta de instrumentos clássicos, coros de fundo e mixagem eletrônica. Um contra talvez sejam os cenários de lugares fechados que se repetem com uma certa frequência, tornando a experiência de exploração um tanto cansativa, mas ainda assim existe mérito na história, nas mecânicas da movimentação dos personagens, cinemáticas e dublagens apresentadas no jogo. O sistema de combate é muito divertido, onde podemos usar armas como chicotes e machados, além de também conseguirmos usar diferentes tipos de magias, cujos efeitos de luz são de impressionar.

 

Não é como se os games acima tivessem alguma ligação direta com bruxaria, mas já que Halloween também abre espaço para vampiros, fantasmas, zumbis e outras coisas, achei interessante citar estes títulos. Mas não vamos nos esquecer de The Wicher, Bayonetta e outros games do gênero, porém, como não tive a oportunidade de explorar muito bem estes jogos, não tinha muito o que falar sobre deles (e me desculpe por isso). Enfim, Daqui algumas horas será dia 31 de outubro e não poderia deixar este dia passar despercebido, mesmo que eu não saia por aí correndo atrás de doces. Sendo assim, desejo a você um ótimo Halloween e espero que se divirta bastante!




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