Comercial da Renault é ambientado em universo de Caverna do Dragão e é aclamado pelos fãs

Comercial da Renault, com tema Caverna do Dragão, causou alvoroço entre os fãs da série animada.

29/05/2019 Última edição em 29/05/2019 às 20:37:04

Você está em um dia tranquilo, sem muitas novidades, e, de repente, em uma das suas redes sociais aparece um poster de Caverna do Dragão (Dungeon and Dragons) com personagens live-action. Foi isso que me ocorreu, recentemente, quando começaram as especulações sobre um possível filme live-action de CDD. Um misto de emoção com preocupação me tomou, "será que vem bomba por aí?".

Sempre nos preocupamos, no que diz respeito a adaptações de animes e séries de animação aclamadas para o formato live-action, pois, até o momento poucas produções nesse formato alcançaram êxito (na visão da grande maioria dos fãs). Dois exemplos desastrosos, um mais antigo e outro mais atual, são os famigerados Dragon Ball Evolution (2009) e Death Note da Netflix (2017). Vou citar apenas duas produções, também, que me agradaram em adaptação live-action, que são a trilogia Rurouni Kenshin (Rurouni Kenshin, 2012;  Rurouni Kenshin: Kyoto Inferno, 2014; e Rurouni Kenshin: The Legend Ends, 2014) e Lupin III (2014). Não vou me aprofundar, serei mais diretivo quanto ao contraste dessas citações. De um lado obras que foram criadas sem o mínimo de zelo, muito menos consideração aos fãs. E, do outro lado, obras que tentaram agradar aos fãs e se aproximar ao máximo aos mangás em relação a transposição anime/live-action.

E como seria um live-action de CDD, uma das animações que marcaram uma geração de noventistas apaixonados e que, inclusive, até hoje aguardam ansiosamente por um remake com direito ao episódio final ("Requiem", escrito por roteirista  Michael Reaves e transformado em HQ pelo fã e cartunista brasileiro Reinaldo Rocha em 2010) que não foi produzido para a versão clássica?

Após o período de especulação, descobrimos que, infelizmente ou felizmente, o cartaz não se tratava de um filme ou série de CDD. Na realidade a agência DPZ&T, que cuida das campanhas publicitárias da Renault S. A., aproveitando a paixão brasileira pela série de animação, resolveu fazer um comercial, recheado de nostalgia por sinal, para divulgar seu novo Kwid Outsider. Resultado: uma brilhante adaptação, que, espantosamente, em questão de fidedignidade aos personagens e respeito ao roteiro de CDD, nos deixa com um gostinho de "quero mais".

Todos os atores caíram como uma luva, personificando a turma que se perdeu em um parque de diversões e acabou em outro mundo. Para a alegria, e loucura, dos fãs utilizaram o dublador brasileiro oficial do Vingador, Orlando Drummond, para dar voz ao vilão (emocionando o próprio ator e dublador, que está próximo de completar 100 primaveras em outubro deste ano). Além disso, a parte cenográfica ficou impecável, os efeitos especiais muito bem trabalhados graficamente e um enredo sensacional. Ainda conseguiram criar um novo final, tão empolgante quanto o oficial, que, provavelmente, todos os fãs almejavam.

Somando tudo isso, temos em mãos diversas possibilidades. Muitos fãs brasileiros utilizaram essa peça comercial para criticar a produção da Paramount Pictures do filme Sonic Hedgehog, o ouriço azul e personagem icônico dos games que marcaram a geração dos consoles da Sega 8 bits, 16 bits e 32 bits (e até hoje faz sucesso, em seu games e séries atuais). Além disso estão correndo pelas redes sociais vários abaixo-assinados dos aficionados, através do site Avaaz, pleiteando uma série live-action de CDD para plataforma Netflix produzida pela Renault. Uma situação que expõe as ambições dos admiradores de CDD, de forma hilariante, não obstante cativante, diante do público geral.

Nos resta apenas esperar, mais um pouco, pela sensibilização de uma grande produtora explorar essa mina de ouro chamada CDD (tendo em consideração os fãs brasileiros).




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