Blast Recomenda: Kakegurui

Confira mais uma dica da Blast! Este é um anime recomendado para os fortes... leia a coluna na íntegra e descubra o porquê.

20/02/2021 Última edição em 20/02/2021 às 11:48:37

Yoo, pessoal! Essa semana trago mais uma dica fresquinha para os amantes de animes e da cultura oriental.

A dica de hoje é um pouco diferente das demais. A recomendação deste anime vem junto com ressalvas, um "manual de instruções", por assim dizer. Embora bem construído, o anime não atende todos os gostos e está longe de ser aceito por toda a comunidade otaku. Mas, se você tem estômago forte, tenho certeza que vai adorar!


Kakegurui é um anime reproduzido pela Netflix, que busca produzir conteúdo para todo o público: desde novelas mexicanas, reality shows trash até animes e doramas. Contudo, toda a produção e desenvolvimento do anime foi feita pelo estúdio MAPPA (Zankyou no Terror), o que demonstra rigor e carinho na produção, feito por quem entende do universo otaku. 

O anime é uma adaptação do manga de título similar, Kakegurui Midari, e conseguiu captar a essência que o escritor, Homura  Kawamoto, buscou apresentar. 

Com 12 episódios curtos, o anime conta a história de um colégio japonês similar a tantos outros: há romance, aulas e grupos que se destacam com relação aos demais. Contudo, o destaque não se dá por desempenho acadêmico, nem mesmo esportivo. Em Kakegurui, o desempenho se dá em jogos, e na capacidade de apostar!

Os alunos passam o intervalo e o período que se encerram as aulas apostando com jogos alopradíssimos. E apostam tudo que tiverem à disposição: dinheiro, partes do corpo, a própria vida (eu avisei que era para os fortes). Para os que perdem e não conseguem pagar suas dívidas, são distribuídos colares que os sub-humanizam: os homens passam a ser chamados de "Totó", e as mulheres, de "bhicanas". 

Não obstante, os perdedores se tornam escravos dos vencedores. Devem obedecer os vencedores, em um ato de submissão exaustiva. É algo assustador de se ver, e a forma que tudo foi construído coloca o expectador em uma imersão: você não assiste o anime, você faz parte dele.

Nesse cenário, Yumeko Jabami entra na escola, com um olhar inocente e muitos mistérios. Ao ser convidada a um jogo, ela mostra sua instabilidade, ganha e deixa claro a todos da escola que tem apenas um objetivo: jogar. Viciada em apostas, gosta de um jogo limpo e não se dá ao trabalho de roubar para ganhar. Como o sistema de jogos é brutal, a maioria dos membros da escola busca alguma forma de trapacear para conquistar a vitória. Ela, com uma sagacidade atípica, desmascara seus oponentes e se diverte. 

O que mencionei sobre ter estômago forte para assistir o anime diz respeito a dois pontos principais: I. as cenas envolvem imagens bizarras com os personagens entrando em desespero para apostarem, desde orgasmos até unhas arranadas com os dentes para mostrarem determinação; II. a trilha sonora e os efeitos artísticos culminam para picos de ansiedade e adrenalina ao assistir o anime, no qual queremos ver a Yumeko Jabami humilhar os trapaceiros com aquela voz dócil e inocente

Um ponto que me decepcionou no anime foi a abertura. Geralmente, openings são fatores decisivos para eu dar continuidade a um anime. Como o primeiro episódio desse anime foi muito legal, decidi continuar APESAR da opening de baixa qualidade. Para um anime classificado como shonen, a abertura foi... meh! 

De forma geral, o anime é muito coeso, os personagens mantêm suas motivações ao longo dos episódios. O roteiro convence, no qual todo o contexto da escola é justificado a partir da ótica da presidente do grêmio, antagonista da trama. Vale assistir esta obra-prima de Homura  Kawamoto e do estúdio MAPPA. 

Até a próxima, pessoal, com mais no quadro Blast Recomenda!




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