A Filosofia Por Trás de Undertale! e Como Isso Pode Te Encher de Determinação.
Porque você deveria jogar Undertale? um jogo que tem muito mais a ensinar do que aparenta, e te faz pensar com mais frequência.
A filosofia por trás de Undertale, e como isso pode te encher de determinação.
É normal ouvirmos a frase “todas as ações tem consequências” ou “toda ação tem uma reação” e, de fato, é verídico. Sempre temos que medir nossos atos e a forma de como eles irão impactar negativamente ou positivamente em nossas vidas, que devemos seguir nossas verdades e que devemos escolher um caminho. Undertale retrata exatamente isso. Idealizado pelo desenvolvedor Norte Americano Toby Fox, em 15 de setembro de 2015, feito na base do indie e com um visual simples, mas bem bonito e caprichado quanto ao seu pixelado. Uma das coisas a se destacar neste jogo é, sem sombra de dúvidas, sua jogabilidade. O jogo é um RPG, aonde podemos atacar, usar itens, realizar alguma ação de interação com o monstro ou até fugir/poupar o monstro. Ainda sobre as mecânicas do jogo, algumas interações com um monstro podem nerfar ou potencializar os ataques dos mesmos, e os ataques dos monstros são extremamente criativos e chamativos, enquanto o ataque do jogador fica por conta do tempo de reação do jogador ao apertar os botões no momento certo.
O jogo começa com uma criança que se encontra em uma caverna subterrânea, até então enigmática e isolada de tudo que tinha visto até então. A primeira criatura a ser vista é Flowey, uma flor dourada e que lhe oferece “pétalas da amizade” como interação primordial com o (a) protagonista, mas na verdade, são projéteis disparados para diminuir seu HP. Flowey te deixa confuso em relação ao que está por vir, devido a a sua personalidade cruel e manipuladora, com uma intenção aterrorizante, que por sua vez é impedida, uma espécie de figura materna, à primeira vista: Toriel. a cabra branca de personalidade temperamental, mas cuidadosa e zelosa, lhe orienta a começar seus passos em Undertale, e de cara já podemos ver como este jogo pode ser uma grande lição ao jogador, já que Toriel te incentiva a não matar os monstros, mas sim, lidar com os monstros conversando com eles, agindo com diplomacia mediante ao desconhecido, já mostrando que o jogo tem uma proposta de explorar a personalidade e instintos do jogador. Durante a jornada da criança de volta para casa, conhecemos diversos personagens carismáticos e interessantes, personagens estes que te cativam por motivos diferentes. Ao sair do encontro com Toriel, nos deparamos com Sans, um esqueleto baixinho e descontraído, sempre com um semblante preguiçoso e tranquilo. Sans a primeira vista parece que será “apenas” um mero NPC de alivio cômico, e sem muitas ambições, ajuda a criança genuinamente, sempre aparecendo com alguma piada e uma certa leveza. tendo em vista que é um monstro interagindo com uma criança. Por outro lado, o mesmo não pode ser dito de seu irmão, Papyrus. O alto esqueleto de personalidade extravagante, inocente e um tanto caricato, busca avidamente por aprovação, revelando uma solidão disfarçada por seu senso de humor. Existem muitos seres humanos que são como ele, que apesar de uma bondade evidenciada ao não querer matar a criança, tenta captura-la, afim de ser reconhecido e, de certa forma, sanar essa carência. Seus planos são intrigantes, e são carregados de significado, apesar de serem cômicos. Ainda existem personagens que são abordados de maneira séria, como é o caso de Undyne, a peixe-humanóide de escamas azuis trajada em sua armadura. Undyne divide opiniões entre os monstros, considerada rude e valente, Undyne segue fielmente uma narrativa heróica, ao não conseguir atacar o monstro que está acompanhado da criança, Monster Kid (um personagem carismático e que mais se assemelha a uma criança travessa no universo underground de Undertale), pois, só ataca humanos ou ameaças ao que ela protege. Orgulhosa de quem é, retrata exatamente alguém que tem muita determinação para alcançar seus objetivos. Dra Alphys, uma cientista de aparência reptiliana e aparentemente míope, tímida e reservada, embora possua visivelmente um bom coração. Alphys carrega um olhar cheio de culpa, sendo uma criatura, de certa forma, bastante insegura sobre suas realizações. Diretamente responsável pela criação de outro Monstro extremamente interessante, o robô Mettaton. Mettaton foi projetado para causar entretenimento ao mundo dos monstros, mas acabou virando um imprevisível e narcisista caçador de humanos, que tem uma visão distorcida da realidade, o robô não vê o quão valorizado é pelo underground mundo de monstros, e que não se deve fazer coisas moralmente questionáveis para chegar ao seu objetivo, mesmo que seus planos sejam tão malucos quanto são engraçados e criativos em seu desfecho.
Existem vários outros personagens deste jogo, e neste texto foram abordados alguns dos personagens principais. Existem muitos outros personagens interessantes neste game, e vale a pena prestar atenção para este detalhe ao jogar este jogo. Os itens que se pode encontrar ou obter neste jogo possuem serventias diversas, e que podem deixar o jogo mais fácil ou mais difícil, sendo mais uma vez acentuada a importância de se medir coisas neste jogo. Os monstros podem te ver como um neutro, pacifista ou um genocida, que são as rotas que deverão ser adotadas pelo jogador, funcionando como perspectivas paralelas, realidades paralelas. suas ações até chegar em Asgore, o Rei de Undertale são medidas e causam impactos a experiência, e o jogador se sente verdadeiramente inserido neste mundo. O rei Asgore é um monstro alto, que se assemelha a um bode, com barba dourada e extremamente gentil e educado. Este, é a chave para o fim da jornada, e mata-lo ou poupa-lo é uma decisão que a criança deve adotar. Ainda sobre as rotas, a personalidade do jogador exige uma posição do mesmo em relação a matar ou não os monstros em Undertale. Cada rota tem as suas particularidades, personagens relatados com perspectivas diferentes, e até personagens que são exclusivos daquela rota. Caso você seja um mediador, alguém que não possui uma ideologia totalmente formada, podendo matar alguns monstros, enquanto poupa outros, sendo esta chamada de rota neutra. Ao decidir, porém, não matar nenhum monstro, sendo o jogador dotado de uma personalidade benevolente, extremamente aberto ao diálogo não importa contra quem, você faz a rota Pacifista. É um modo mais apático de se jogar, mas, é a que você completa mais amizades e a que possuem mais interações com monstros, nesta rota você deve achar uma saída criativa e diferente contra cada monstro, afim de poupa-lo, e estes, possuem características muito presentes em seres humanos. Mas, caso enxergue a todos como uma ameaça, a criança será vista como uma assassina, sendo até, de certa forma, uma faceta intolerante, impiedosa, e, de certa forma, hesitante em confiar nos monstros que supostamente precisam de uma alma humana, sendo nomeado como rota Genocida.
Undertale é um dos melhores jogos de todos os tempos. O jogo nos dá uma visão completa em que deixa explicito que as ações e medidas tomadas pelo jogador, abrindo um leque de possibilidades diferentes, e isso é a vida das pessoas comuns da sociedade. Tudo deve ser pensado, tudo deve ser apreciado, tem momentos de pressão e a realidade pode ser dura. Nos enxergamos nos monstros que conhecemos em Undertale, e percebemos que não somos tão diferentes assim deles, e saber lidar com tudo isso é o maior desafio, a verdadeira filosofia por trás do jogo. Ao ler esse texto, acredito que você se encheu de determinação, frase essa sempre dita nos saves do jogo.

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