Taverna das Divas: Respeito e representatividade nos games

Conheça o Taverna da Divas, comunidade LGBTQ+ de Hearthstone onde todos são bem vindos para aprender mais sobre o game e acima de tudo se divertir.

11/07/2018 Última edição em 11/07/2018 às 13:52:36

Representatividade Importa?

Da era dos videogames como Super Nintendo aos poderosos consoles como Playstation, muita coisa mudou. Jogos deixaram de ser algo apenas de criança e grande parte deles começou a alvejar o público mais maduro. A popularidade, cada vez maior, dos E-Sports também contribuiu para o crescimento desta verdadeira indústria que já atingiu status de prestígio na sociedade. Antes o que era feito apenas na sala de casa, no máximo em companhia dos irmãos e amigos da escola, hoje conecta pessoas do mundo inteiro em um único local cuja finalidade principal é a diversão. 

Mas será que isso de fato acontece sempre? A diversão é a regra ou existem exceções? 

Infelizmente a segunda possibilidade é a real.

Conforme o mundo dos games aumenta e sua comunidade se expande, assuntos até então tidos como "fora do contexto" dos jogos eletrônicos passaram a ser avaliados, analisados e constantemente repercutidos. Com o advento dos jogos online, as fronteiras da distância aproximaram pessoas de lugares extremamente remotos, criaram laços, formaram alianças, estabeleceram sociedades, mas infelizmente também espalharam um efeito colateral. A toxicidade.

O comportamento tóxico dentro dos jogos online se tornou um tema recorrente na comunidade gamer. Frases ofensivas, assédio moral e até mesmo sexual não são tão raros quanto gostaríamos e situações racistas, machistas e homofóbicas começaram a ameaçar o que antes era para ser apenas espaço para diversão. Nestas situações, como a comunidade deveria reagir para combater esse tipo de realidade? Foi pensando nisso que o jogador de Hearthstone e streamer, Eduardo Silva, organizou um verdadeiro ato de solidariedade já reconhecido pela própria Blizzard ao fundar o Taverna das Divas, uma comunidade LGBTQ+ de Hearthstone que já conta com mais de dois mil membros, entre eles gays, lésbicas, bissexuais e até mesmo héteros com a única finalidade de propagar o respeito, a igualdade, experiências do jogo e o principal, se divertir.

Em entrevista com Eduardo Silva jogamos um pouco de Hearthstone e descobrimos mais sobre a história deste grupo tão precioso para a comunidade gamer. Confiram:

Entrevista

E dai?

Uma vez Orkut Büyükkökten, criador da extinta rede social com seu nome, mencionou que o esperado da internet era uma geração de fronteiras partidas, mas o efeito foi totalmente o oposto, criaram-se bolhas para se viver, lugares onde o diferente não é aceito e o padrão é imposto como lei. Na comunidade geek, nerd, gamer, uma comunidade tão diversificada, caracterizada pela criatividade, pelo lúdico, pela imaginação, pela originalidade e acima de tudo pela inteligência, um comportamento tóxico e nocivo dirigido a uma pessoa por causa de sua sexualidade, gênero, raça ou qualquer outra vertente que seja, é mais do que contraditório. Todavia, é sempre bom e esperançoso descobrir lugares como o Taverna das Divas, lugares onde você pode tirar suas dúvidas sem ter medo de ser negativado, lugares onde você pode expor sua opinião de forma respeitosa, sem ter receio de ser humilhado, um lugar onde você pode de fato se sentir de volta aos tempos em que jogar videogame era sinônimo de fazer amigos e acumular diversão.

Conheçam melhor o trabalho do Taverna das Divas na página oficial do Facebook, no grupo grupo de discussão também no Facebook e no Twitch, também!




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