GōruGōruGōruGōruGōru!!!

Confere aí!

31/03/2016 Última edição em 31/03/2016 às 00:00:00

Sei que demorou, mas vamos trazer algumas curiosidades do esporte mais popular do mundo... da galáxia... do universo... e que também é jogado em terras nipônicas, o "Sakkā".

Em terras nipônicas, o velho esporte bretão leva o nome de "sakkā", derivado do americano “soccer”.

A primeira partida oficial disputada em solo Japonês data da era Meiji (com Kenshin na meiuca e Sanosuke no ataque) com a abertura comercial do país aos estrangeiros, sendo a primeira partida registrada entre o time do Kobe Regatta e Yokohama Country.

Em 1921, é criada a Dai-Nippon Shūkyū Kyōkai (Associação de Futebol do Grande Japão) e, em 1945, mudado o nome para Nihon Shūkyū Kyōkai (Associação de Futebol do Japão).

Até o fim da década de 80, o futebol no Japão era totalmente amador, mesmo com a criação da Nippon Sakka Rīgu (Japan League Soccer – JSL) em 1965, que tentava organizar um campeonato com times semi-profissionais formados basicamente por empresas.

Mas justamente na década de 80, o futebol começa a deixar a marginalidade graças a um... mangá! (Não qualquer mangá, pq esse é fods pra krai)

Lançado em 1981, “Captain Tsubasa” (Super Campeões por aqui), criada por Yõichi Takahashi, contava as histórias de Õzora ‘Oliver’. Tsubasa foi publicada durante 8 anos, tendo mais de 6 milhões de leitores por semana e influenciando toda uma futura geração de jogadores. (Imagine o Nakata, Kagawa e Endo sentados na calçada lendo mangá e imaginando estar no lugar do Óliver)

Criada em 1992, a J League (Liga de Futebol do Japão) teve sua primeira partida disputada no dia 15 de maio de 1993 e o Verdy Kawasaki como seu primeiro campeão.

Em 1999, é criada a “J2” J-League Division 2 e o campeonato passa a contar com rebaixamento, já em 2005 adota-se o sistema europeu de partidas de ida e volta. (Em 2015, teve uma nova alteração para um sistema que, na boa, é mais confuso que o do campeonato Argentino)

É grande (muito mesmo) a influência brasileira no futebol japonês, indo desde os escudos e uniformes (como do Kawasaki Frontale, o Grêmio de lá), passando por técnicos e comissão técnica e chegando até alguns dos maiores ídolos do esporte (Devido ao mundial de clubes disputado no Japão em uma época onde os clubes brasileiros dominavam o cenário sulamericano e indo ao Japão todo final de ano, inclusive um dos sonhos do Oliver era jogar pelo São Paulo).

Essa importância dos brasileiros chegou até a seleção Japonesa, que contava com Ramosu Rui (Rui Ramos) sendo o primeiro ocidental a disputar as eliminatórias (copa de 1994), Wagner Lopes como o primeiro ocidental a jogar pelo Japão em uma Copa e Alex Santos disputando as edições de 2002 e 2006, que contava com Zico como treinador.

Em 1991, aos 38 anos e mostrando uma disposição de menino, chegou ao Kashima Antlers um tal de Zico que, por seu estilo dentro e fora de campo, ajudou a modificar profundamente o futebol japonês e transformou-se no maior ídolo do esporte no país, a ponto de não conseguir caminhar nas ruas e chegando a treinar a seleção na Copa de 2006 (derrota 3X1 para Austrália, empate 0X0 Croácia e derrota 4X1 Brasil).

Mais do que apenas organizar e promover o futebol no país, a J-League tem como finalidade promover o conceito de “visão de 100 anos”.

Onde uma de suas responsabilidades é dar retorno para a sociedade:

Criando iniciativas e construindo estruturas que incentivem a prática de esportes em sua cidade.

Que nos clubes possam ser praticados outros esportes além do futebol.

Que o esporte seja uma forma de conexão entre as pessoas.


Bônus:

O primeiro craque japonês foi o atacante Kazuyoshi Miura, o "Kazu", que com apenas 15 anos veio para o Brasil a contragosto de sua família tentar a sorte no futebol. Para quem acompanha o futebol há mais tempo, deve se lembra dele jogando em times como o Santos (1986), Palmeiras e vários clubes, principalmente do interior paulista, retornando em 1992 para jogar a J-League com status de melhor jogador e ídolo do futebol japonês. Pela seleção, disputou 91 jogos, marcando 56 gols entre 1990 a 2001, que fazem dele o maior artilheiro da história da seleção dos samurais azuis, disputando também a Copa do Mundo de futsal em 2012 (com 45 anos) na Tailândia.
Em 2015, com 48 anos e jogando pelo Yokohama FC, tornou-se o jogador mais velho a marcar um gol em um jogo oficial e, em 2016, irá disputar a "J2" pelo time Yokohama.




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