Especial: Shadow of the Colossus

Confere aí!

13/02/2015 Última edição em 13/02/2015 às 00:00:00

Hey! Listen! 

Este é o início de uma série de especiais onde falaremos um pouquinho sobre alguns jogos, mostrando parte do seu universo, os elementos que garantiram o seu sucesso e servindo, inclusive, como dica de jogo. Para estrear a série, foi escolhido ele, o único, o incomparável Shadow of  the Colossus!!!

    

Em 2005, quem tinha um PlayStation 2 foi agraciado com uma obra prima desenvolvida pela Team Ico., Shadow of the Colossus. É um game que foi além na luta contra chefões, colocando criaturas “colossais” no caminho de Wander, um rapaz que viaja até uma terra distante em busca de um ser capaz de controlar a alma dos mortos, para ressuscitar a jovem Mono, uma garota misteriosa. Para salvar Mono da morte, Wander faz um acordo com Dormin, que concorda em ajudá-lo, desde que ele derrote dezesseis criaturas que existem no universo do jogo – The Forbidden Land.

SOTC consegue fazer com que você se sinta realmente solitário. The Forbidden Land é praticamente inóspita, salvo a existência de alguns animais no local e dos próprios Colossus, que habitam, cada um, lugares diferentes, fazendo com que o jogador explore vales, desertos, campos e riachos à sua procura, tendo ao seu lado apenas a cia. de sua égua, Agro. 

O jogador dispõe de um arco com flechas ilimitadas e uma espada mística como itens, sendo o arco muito útil para abater os Colossus em algumas ocasiões, para caçar animais, que aumentam a sua energia, e frutos, que expandem a sua barra de vida. A espada também é usada para indicar onde os Colossus estão, além de tornar visíveis os seus pontos fracos.

A trilha sonora do jogo, composta por Kow Otani, é tocada durante as cinemáticas, quando Wander chega perto da morada de um dos Colossus ou durante as cenas de batalha, e é um dos elementos responsáveis pelo sucesso do game, sendo um dos grandes títulos para o PS2. São quarenta e duas belas faixas ao todo na trilha intitulada Roar of the Earth. 

Muitos jogos utilizam cinemáticas para explicar melhor seu enredo e muitas delas possuem até mesmo parte interativa. Em SOTC, as cinemáticas se misturam com a trilha sonora e dão ao game uma atmosfera maravilhosa. Ao contrário de outros títulos, não são longas e cansativas, e o fato de pouca informação sobre a história ser contada ao longo de todo o jogo faz com que você queira assisti-las até o fim e deseje ver mais. Uma curiosidade é que é possível interagir com a câmera durante a exibição das cenas.

Pode-se dizer que, durante as batalhas, Wander sempre se encontra em desvantagem, tendo em vista o tamanho, a agilidade ou a força superior de cada um dos inimigos, sendo um grande desafio ter que vencê-los. Some a isso as fraquezas de cada uma das criaturas, espécies de pontos vitais localizados em várias partes diferentes que precisam ser identificados e atingidas para que os Colossus sejam derrotados.

Diferente de outros jogos do gênero em que você enfrenta inimigos médios até chegar a um mais forte, o chefão, podemos dizer que os inimigos em SOTC são todos chefões – com exceção de alguns poucos em uma cena específica do jogo –, causando um diferencial interessante no game. Cada Colossus possui comportamento e pontos fracos diferentes, variando mais ou menos do tamanho de um leão a um titã. Uma parte principal da jogabilidade que é usada para enfrentá-los é o uso da habilidade de escalar que o personagem possui, sendo esta quase sobre-humana, eu diria, tendo em vista o que aquele jovem é capaz de fazer sem o uso de nenhum equipamento especial, somente utilizando suas mãos e pés. Nesse momento, é possível sentir a magnitude da situação ao lutar com todas essas criaturas, tendo sempre em mente que o destino de Mono está em jogo. 

É quase impossível apontar defeitos nesse game, não porque ele é perfeito, mas por ser tão bom que chega a ser difícil fazer isso. Quando Wander usa sua habilidade de agarrar para escalar um Colossus ou uma parede, é possível reparar que esta habilidade funciona mesmo quando o personagem se encontra um pouco afastado do alvo, causando algumas vezes a ligeira impressão de que ele foi atraído como um imã quando o R1 é pressionado no controle. Porém, não é algo que retira o encanto do jogo.

Uma das coisas que consegue te manter interessado é o enredo misterioso e pouco contado, cabendo a você mesmo interpretar a história. Quase nenhuma informação é revelada a respeito de Wander e Mono, assim como a relação entre os dois no decorrer do jogo.

  

Por fim, um comentário sobre a arte, que é um dos elementos que mais chamam atenção. Destaque para a iluminação: um show de raios de luz é exibido através das fendas no teto dos templos, das clareiras e da espada de Wander. A paisagem é magnífica, causando admiração até mesmo uma simples poça d’água. Os lagos negros deixam o jogador apreensivo à primeira vista, já que não tem como saber o que há lá dentro. Os personagens são incríveis: cada Colossus possui uma aparência que indica ter sido inspirada em animais e pessoas. Alguns são grandes, fazem a terra tremer quando se movimentam e, às vezes, pedaços de pedra caem deles como se estivessem desmoronando. E as construções em ruínas sugerem a existência de uma civilização antiga habitando o local há milhares de anos atrás. Nunca vi tanta beleza junta em um jogo só. A vontade que dá é de entrar no mundo dele. 

 

Não poderia deixar de mencionar uma personagem extremamente importante no jogo: Agro, a égua de Wander. Sem Agro, dificilmente seria possível enfrentar alguns Colossus e alcançar certos lugares, sem falar que atravessar The Forbidden Land correndo seria cansativo para o jogador. Felizmente, ela está sempre por perto para ajudar e, mesmo quando nos afastamos dela, basta chamá-la pelo nome ou assoviar que ela se aproxima. Se você gosta de realismo nos jogos e já tentou montar na Agro alguma vez, então deve ter tido uma ótima experiência. A movimentação é muito boa e permite que você controle a velocidade dela, salte e até mesmo cavalgue em pé. Muito mais merece ser dito a respeito de Agro, porém não quero correr o risco de passar spoiler. 

Games como Shadow of the Colossus parecem ter o efeito de parar no tempo, nunca se tornando ultrapassados. Além do mais, não são todos os videogames que são capazes de emocionar o jogador, e SOTC conseguiu fazer isso de um jeito muito especial. 

Isso é tudo. Espero que tenham gostado do primeiro especial. Até a próxima!




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