Especial - Castlevania: Bloodlines

Confere aí!

01/06/2015 Última edição em 01/06/2015 às 00:00:00

Quando um jogo faz sucesso, outras versões dele costumam ser lançadas para os consoles mais novos, em forma de sequências, spin-offs ou remakes. Não que isso seja uma regra, mais acontece com frequência, como as séries que surgiram nos anos 1980 e que perduram até hoje. Um jogo que faz parte de uma dessas séries de sucesso é Castlevania: Bloodlines, obra da Konami, lançado em 1994 para o Gênesis ou Mega Drive.

Castlevania: Bloodlines é um game em 2D de aventura e plataforma em que dois caçadores de vampiros, John Morris e Eric Lecarde, devem percorrer regiões da Europa, enfrentando uma variedade bem grande de criaturas, para evitar que a condessa Elizabeth Bartley, sobrinha de Drácula, o traga de volta à vida, impedindo que o mal ressurja e caia sobre mundo. Os dois caçadores podem ser escolhidos para iniciar a aventura, cada um possui um tipo de arma e habilidades diferentes: John usa o Vampire Killer e Eric a Alcarde Spear.

São utilizados os três botões principais do joystick (A, B e C) mais o direcional. Embora os controles sejam simples, a variedade de combinações que é possível realizar com eles chama a atenção, e mostra que já naquela época a Konami não estava de brincadeira. As animações são de primeira, com destaque para o movimento dos adversários e o vento nos elementos do próprio cenário.

Itens como armas secundárias, cristais, comida para restaurar a sua barra de energia e one up podem ser coletados, enriquecendo ainda mais a aventura. A maioria pode ser encontrada destruindo objetos como candelabros. Alguns itens estão presentes em outros games de Castlevania, o que mantém a essência da série.

 

A arte é impecável, para um game em 8 bits, com imagens no fundo das fases que vão desde ruínas de templos a navios atracados, mostrando que limitações de tecnologia não são obstáculos para se fazer jogos com um bom visual. Além disso, efeitos de água espelhada que refletem a paisagem e os personagens acrescentam um toque de realismo, incluindo os efeitos de sombra. Noções de perspectiva e alguns recursos em 3D também foram adicionados aos níveis. 

A estrutura das fases torna tudo bastante divertido e dinâmico, onde além de ir para frente e para trás, subir e descer, pular em blocos e andar em sentido diagonal, o jogador também pode se pendurar no teto e liberar passagens bloqueadas, destruindo estátuas e pilastras que, ao serem atingidas, formam um novo caminho. A influência de Castlevania em jogos mais modernos pode ser notada claramente em God of War II: depois que Kratos chega à Ilha da Criação, há uma parte em que uma das passagens está bloqueada por uma enorme estátua de mármore e, para seguir em frente, é preciso golpeá-la, de forma similar àquela em Bloodlines.

 

Na verdade, o level design de Bloodlines é um dos seus pontos fortes, ou seja, a forma como as fases foram construídas e que o jogador interage com elas. Cada uma possui um tema diferente e que define o seu tipo de obstáculos e inimigos. Ao contrário de outros títulos da série, passamos por vários locais, incluindo a Romenia, Grécia, França e Alemanha, não ficando limitado à exploração de um único lugar e com cenários repetitivos.

O seu ritmo não chega a ser acelerado, em compensação os inimigos são fortes. Como em Castlevania: Lamment of Innocence(PS2), a inteligência artificial em Bloodlines parece ter tido uma atenção especial. Os inimigos que parecem fáceis de derrotar à primeira vista podem dar um trabalho tremendo, chegando a esgotar rapidamente todos os seus continues. Há esqueletos, morcegos, armaduras fantasmas, feiticeiros, zumbis, minotauros, espectros e muitos outros tipos de adversários, cada um com um modo de atacar e se mover diferente.

 

A trilha sonora é muito bonita, um legado deixado pelo Mega Drive, trazendo um tipo de música que é bem comum em Castlevania. Foi criada pelo Konami Kukeiha Club, um time de músicos da Konami que também ficou responsável pelas osts de outros jogos da desenvolvedora.

Para um fã de games clássicos, Castlevania: Bloodlines é um verdadeiro prato-cheio, com muita diversão, música boa e desafios a balde. Depois de jogar, não é difícil imaginar por que a série Castlevania existe até hoje. 




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