Dragon Ball Fighter Z: não percam que vale a pena

Confira agora a análise do jogo Dragon Ball Fighter Z

05/02/2018 Última edição em 05/02/2018 às 08:26:37

E aí galera da Rádio Blast. Desculpem a demora!

Trago uma grande novidade dos games para vocês.

Lançado em 26 de janeiro deste ano nos Estados Unidos e no último dia 1º, no Japão, vamos falar de Dragon Ball Fighter Z o mais novo grande sucesso da Bandai Namco Entertainment e desenvolvido pela Arc System Works.

Quando éramos crianças na década de 1990 e acompanhávamos Dragon Ball no Bom dia e Companhia, do canal SBT, nunca imaginaríamos que essa série faria tanto sucesso, tanto no anime quanto nos mangás. Criado por Akira Toriyama, o anime ainda continua vivo com o game Dragon Ball Fighter Z.

Segue uma análise do jogo.

Anime jogável

Dragon Ball Fighter Z arrancou aplausos, suspiros e até algumas lágrimas dos saudosistas de plantão. A comoção foi generalizada. Também não é para menos: Dragon Ball FighterZ enche os olhos de qualquer um com gráficos coloridos, e até certo ponto exagerados, que unem elementos dos jogos de luta em 2D com modelos de personagens 3D, quase idênticos aos do desenho, nos levando a uma viagem nostálgica ao passado.

Ao todo, 24 personagens, distribuídos entre as sagas clássicas e a mais recente Super, estão reproduzidos à fidelidade — e estamos falando não apenas de seus golpes, mas também trejeitos, piadas, poderes especiais e estilo de luta. Goku, por exemplo, é o personagem mais balanceado de todos, oferecendo um leque variado de golpes de perto e à distância, recomendado para quem está iniciando. Nappa, por sua vez, exige muito mais técnica e treino do jogador, já que seu estilo de luta exige que o personagem esteja sempre perto do adversário.

Os cenários bem desenhados e a trilha sonora frenética surgem como um extra muito bem-vindo que ajudam a criar um clima todo especial e fazer todo fã de Dragon Ball realizar um sonho antigo: o de estar no controle das batalhas do anime.

Pancadaria acessível

Quem vê de fora pode achar os embates de Dragon Ball FighterZ uma bagunça daquelas. Com personagens voando de um lado para outro e Kamehamehas sendo disparados de todos os cantos, a sensação é de que é difícil dominar tudo aquilo. A verdade, porém, é outra.

A Arc System Works fez um trabalho primoroso e entregou um jogo de luta que é acessível para todos os tipos de jogadores. Os iniciantes logo descobrem que basta pressionar um botão repetidas vezes para encaixar um combo que culmina em um poder especial de encher os olhos. Falando em golpes especiais, todos eles saem na base da meia lua para frente ou para trás e mais algum botão de ação. Simples, sem enrolação, sem complicação, sem malabarismo.

Essa simplicidade é muito bem-vinda, sobretudo em tempos em que os jogos de luta miram cada vez mais no cenário competitivo e exigem que os jogadores o estudem por horas, analisando pixels, tempo de reação e coisas do tipo.

Claro que quem quer ir além acaba descobrindo que há muito mais debaixo dessa camada de simplicidade. As batalhas entre equipes de três personagens exigem que o jogador planeje bem quais serão seus lutadores e como vai usar cada um deles. No meio da porradaria, é possível alternar entre esses personagens, chamá-los para dar uma "mãozinha" em um momento de sufoco, carregar a barra de Ki e até mesmo encaixar combos que tiram 100% da barra de vida do oponente.

História original

A fidelidade ao anime é tamanha que o lobby de Dragon Ball FighterZ foi totalmente inspirado no Torneio Mundial de Artes Marciais. Ali, tanto no modo online quanto offline, o jogador percorre uma praça com seu avatar para acessar os diversos modos de jogo do título.

Tal qual acontece no desenho, você pode interagir com outros lutadores e combinar lutas no ringue principal, que fica ao centro da praça. Nas extremidades, é possível acessar outros modos como o Batalha Local, onde você luta com amigos que estão sentados ao seu lado no sofá. Aqui, além das tradicionais lutas rápidas, também é possível organizar torneios para ver quem é o guerreiro mais forte do pedaço.

O modo Arcade, por sua vez, se divide em três torneios diferentes, cada um com um número diferente de lutadores a serem derrotados. Aqui o que conta é o seu desempenho e, ao final de cada luta, você recebe uma nota pela "atuação". Ao fim da competição, uma premiação em zeni, o dinheiro usado no jogo, é conferida ao jogador.

Falando em zeni, ele pode ser gasto na barraquinha que vende cápsulas Z. Em um outro diferencial em relação aos jogos de luta da atualidade, aqui você só pode comprar itens cosméticos, avatares e coisas do tipo. Ah, e nem adianta querer comprar zeni com dinheiro de verdade — em Dragon Ball FighterZ é tudo na base de sangue, suor e raça.

Também há o modo online, que deixa você competir com lutadores do mesmo nível que o seu e que estão nas redondezas, para evitar o lag e travamentos. Se quiser expandir os horizontes, também é possível duelar com lutadores de outros lugares do mundo.

Finalmente, quem quer aproveitar o game sozinho, pode optar pelo Modo História, que traz uma campanha separada em três arcos e enredo original. É nesse modo, inclusive, que somos apresentados à Androide 21, uma personagem inédita que trabalha para a Força Red Ribbon e que foi desenvolvida sob a supervisão do mestre Toriyama para garantir que as coisas não saíssem do controle como aconteceu em Dragon Ball GT.

A história é intrigante e segue a ideia de ser fiel ao anime. Isso fica evidente nas cutscenes, que conseguem se passar muito bem por um episódio de Dragon Ball Super não fossem um defeito ou outro na movimentação dos personagens.

É uma aposta interessante e que funciona muito bem, não fosse a morosidade com que as coisas se desenrolam. Depois da primeira hora de jogo, a sensação é que a história não avança tanto quanto gostaríamos, uma impressão que se agrava principalmente por enfrentarmos os mesmos personagens repetidas vezes.

Outro ponto negativo, infelizmente, é que a dublagem em português do Brasil ficou de fora. O consolo fica por conta das legendas localizadas para a nossa língua, que conseguem traduzir bem até mesmo as piadas contadas pelos personagens em japonês ou inglês.

Vale a pena?

Já tem um tempo que a obra de Akira Toriyama vem sendo bem adaptada para os videogames, um movimento que começou a chamar atenção de verdade com o lançamento de Dragon Ball Z: Battle of Z e a ótima série Xenoverse. Em Dragon Ball FighterZ, a qualidade e fidelidade ao anime atingem o seu ápice e a sensação é de estarmos verdadeiramente participando da criação de um quebra-pau daqueles.

Os gráficos são um chamariz eficaz para aqueles que acompanham os videogames de longe, levando esse público a querer experimentar o título. A jogabilidade acessível é outro atrativo bastante eficiente, que prende a atenção dos novatos e daqueles que não têm tanta intimidade com jogos de luta. Todos esses elementos, porém, são peças básicas que compõem um título que apresenta níveis diferentes de complexidade.

É verdade que a dublagem em português seria a cereja no topo do bolo, mas isso não impede de Dragon Ball FighterZ ser extremamente divertido, empolgante, nostálgico e para todos os públicos.

Fonte: Canaltech




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